15 abril, 2011

A bruma sobre a legalização das armas

Há poucos dias ocorreu um fato que vai demorar muito tempo pra diluir-se de nossa memória: o massacre as crianças na escola do RJ. São essas desgraças que o noticiário, jornal, programas de discussões, adoram... aumentam o ibope, repetem várias vezes - quase como um mantra - e o assunto nunca fica velho. Porém, solução que é bom nada. 

Quero dizer, existem sim várias soluções, mas nenhuma eficaz. Tal como implantar câmeras de segurança nas escolas, aumentar a vigilância, catracas eletrônicas, tudo que os norte americanos já fizeram há uns 20 anos atrás que não deram resultado. E o Elephant repetindo mais e mais vezes.

Não adianta colocar câmeras se elas vão servir apenas para ver as faces aterrorizadas das crianças baleadas; não adianta catracas eletrônicas se o assassino tem a incrível habilidade de pular, isso só ajudaria se esse tiver uma obesidade mórbida. Bom, até agora não vi nenhum gordinho com uma uzi.

Quanto a aumentar a vigilância tem dois problemas: o primeiro que não há verba, ok? Se houvesse, haveria um policial em cada esquina ajudando as crianças atravessar a rua. Em segundo, não faz sentido aumentar o número de 'carinhas' no portão em um país onde é proibido um policial entrar na escola armado! De acordo com a lei, o policial tinha que ficar do lado de fora da chacina tentando argumentar com o assassino; dar as mãos ao povo e começar a cantar. É tudo muito lindo mas não funciona.

Sempre vai haver um abismo entre o real e o ideal. E isso nos trás a novíssima proposta de lei do Sir. Ney. Olha que genial, logo depois de um massacre a mão armada surge um plebiscito para acabar com a venda de armas. Perfeito! A solução ideal! Finalmente democracia! Sem armas, sem crimes, sem mortes, utopia! Pelo menos é disso que se trata a propaganda que ele está tentando passar. 

Tal proibição de fato acaba com as armas na mão da população, que diga-se de passagem não soma mais do que 1% dos brasileiros, porém estamos falando das armas LEGALIZADAS, e as ilegais? Vão continuar na mão dos bandidos, traficantes e assassinos, já que logicamente esses não compram armas nas lojas. E olha que legal, agora todos os bandidos vão continuar a ter armas e um cidadão honesto, sem ficha criminal, "dentro dos padrões", que quiser comprar uma proteção vai preso. Parece mais uma coisa que a  ONU faria.

O rei do Maranhão está tentando ganhar no emocional, fazendo o SIM parecer que tudo irá mudar pra melhor e degradando o NÃO, como se a arma fosse culpada de tais chacinas. 

Tal proibição é mais do que errado, é profundamente errado. Isso implica num governo ditar mais uma regra sobre a SUA liberdade, a SUA percepção de certo e errado, e vão chamar tal regra de exercer democracia? 

03 abril, 2011

Vida de cursinho e seus fodalhões

Já tentei várias vezes explicar como funciona a vida no cursinho, nunca consegui. Não por que é algo complexo, mas o problema é com o gênio (termo usado com sarcasmo) que eu tentava argumentar; é o cara que sabe tudo sobre tudo, que nem aquele seu tio xarope que corta você no meio da frase e despenca um mar de asneiras que todo o resto vai concordar, mas se você contrariar você é chato. Daí não importa se você tem doutorado em química, almoçando com a família depois de ter ganho o Nobel, se tocarem no assunto o seu tio sabe mais que você! Lógico, ele já viu uma tabela periódica.

Esses animais brotam aos montes, como gambás, se esgueirando e alternando em universidades e mesas de bar.

Eu até entendo seus motivos. Querem atenção, sensação de se sentirem importantes ou úteis. Mas o que eu não entendo é esses seres vagando no cursinho! Atrás de seus cobiçados sonhos de cursar psicologia na UniNove ou as vezes nem isso, não buscam conhecimento ou uma auto reciclagem, se tornando mais do que animais, ignorantes.

No curso pré-vestibular você deve ter apenas um único foco para o ano inteiro. Entrar na faculdade. É como um treinamento intensivo para a maratona, todo dia praticando um pouco. Em teoria não é algo de outro mundo, nada tão diferente da escola, matérias a estudar, os livros para ler, e não há trabalhos ou provas, recuperação. Porém, tem um único ponto delirante que faz metade do cursinho esvaziar logo depois de julho.

O vestibular.

Não tanto a prova em si, mas o medo e incerteza que ela causa meses antes. O simples, doloroso e cruel fato de ser aplicado apenas uma vez ao ano. Se passou, passou... se não passou, se fu... só ano que vem agora.

Mais do que conhecimento, é necessário ter equilíbrio. Conheci muita gente que se desespera com os estudos, se forçando a estudar muito de forma intensa. E isso não é bom? Não. Não necessariamente. Isso é muito comum, excesso de informação, uma hora seu cérebro trava e daí não entra mais nada. Logo no 2º mês de cursinho tem o pessoal que não consegue mais estudar, já fritou o cérebro; depois disso, até voltar ao normal demora, o trem passou, está atrasado, estudos acumulados, não consegue mais acompanhar, e daí desiste.

A melhor dica é saber seus limites, buscar se aprimorar, sempre atrás de ser o melhor que você pode ser. Não importa os outros, não interessa seus concorrentes, seu único limitante é você mesmo.

26 março, 2011

Renascimento pra que, agora temos Watson.

Acabei de ver '2001: Odisséia no espaço' e devo dizer que o filme passa uma mensagem MUITO bacana, claro que sujeito a outras dezenas de pontos de vistas - o que torna além de cult, épico - e como todo cult é quase impossível entender alguma coisa de primeira, mas por sorte sempre tem um texto na internet dando sua interpretação.

O filme levanta inúmeros dilemas, o principal (ao meu ver) é sobre a própria humanidade (ou falta dela) do ser humano.

Logo no início ao mostrar nossos ancestrais primatas descobrindo o poder de uma ferramenta (o osso), com fundo musical assim falou Zarathustra que muito provavelmente você deva ter ouvido em outro lugar, sentiram a superioridade e o poder pela primeira vez, e dai o protótipo do ser humano. Depois de passar milhões de anos em um segundo, se percebe a mesma situação, porém a ferramenta é a fala. A diplomacia, politicagem, o papo.

Mas valeu a pena nos civilizarmos a tal ponto? É o que se desprende da outra parte do filme, ao ver humanos tão apáticos, escravos da máquina - e para quem acha que não é possível chegar a tal tecnologia, clique aqui, ela já existe praticamente - e mecanizados. Presos no próprio mundinho, ou melhor, confortado, acostumado. No melhor estilo Wall-E.

No filme também faz várias referencias ao nosso renascimento, a nossa vontade de mudar pra melhor. Como promessas no ano novo ou pedidos no aniversário, faz parte de nós. Como faz parte nossos sentimentos e emoções. Mas é meio preocupante não ver o fim do túnel do desenvolvimento tecnológico; eu sei e adoro a evolução do computador e que atrás de cada tela de monitor tem uma pessoa atrás, mas não posso desprezar o receio de nos "civilizarmos" tanto... a tal ponto, que esqueçamos quem realmente somos.

            "Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
                                                                            - Charles Chaplin

No final, depois de "entender" a mensagem e conseguir desfruta-la, da uma sensação muito boa... como um click na cabeça, você sente uma nova perspectiva. Sugiro fortemente que veja o filme.

Iniciando na vida de blogger.

Esse texto é mais um teste pra verificar como ficou o blog.

A minha idéia aqui é produzir crônicas e dissertações afim de mostrar um novo ponto de vista sobre os diversos assuntos que possa vir a surgir em uma redação de vestibular, por exemplo. Isso virá a servir para guardar meus textos e discuti-los, afim de incrementar minha habilidade e de quem venha a se interessar.

Já que justo hoje é o Dia da Terra, vou deixar um vídeo do Discovery. 



Sobre esse dia, não conseguiria me expressar melhor do que o Cardoso.
Talvez um dia, quem sabe.